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MATO GROSSO

Boletim da dengue mostra agravamento da doença nas duas últimas semanas em MT


Boletim da dengue mostra agravamento da doença nas duas últimas semanas em MT
Documento de evolução da doença mostra que oito pessoas já morreram com dengue em MT e há outros três casos em investigação

O boletim da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso (SES) apontou que houve um aumento substancial de casos de dengue entre o fim do mês de novembro e o início do mês de dezembro de 2021. O boletim mostra que oito pessoas já morreram com a doença neste ano.

Segundo o informe, 73 municípios estão com risco elevado para dengue em Mato Grosso. O boletim informa ainda que o norte do estado é a área com mais incidência da doença.

Neste ano o estado já registrou 26.903 casos de dengue, os números são menores que os registrados no ano anterior, mas ainda assim inserem Mato Grosso com o nível de atenção alto para propagação da doença.

São 338 infecções registradas em 2021 por zika e 323 por chikungunya, as três doenças são transmitidas através de picadas do mosquito Aedes aegypti.

Os casos de dengue são de notificação compulsória, segundo o estado. Todos os casos suspeitos de dengue deverão ser notificados e investigado, informa o estado. O prazo de comunicação é de 24h, afirma o serviço de vigilância estadual.

Caso de Dengue hemorrágica

Na semana passada o g1 mostrou o caso da adolescente Kamilly Fernandes Figueiredo Almeida, de 16 anos, que estava internada com diagnóstico de dengue hemorrágica, em um hospital particular, em Cuiabá.

A mãe dela, Lidiany Kellen Figueiredo Fernandes, relatou ao g1 os momentos difíceis que estava vivendo ao lado da filha.

Segundo ela, a filha foi ao pronto-atendimento passando mal por duas vezes e não recebeu o diagnóstico de dengue. Na primeira vez, ela levou a filha para a emergência em 30 de novembro com queixa de dor e febre.

"Passaram um remédio e a liberaram, depois ela se queixou novamente de dores no dia 1° de dezembro, a levei novamente e fizeram exame de urina e sangue, mas não fizeram o de dengue", disse.Ela conta que precisou levar a filha à emergência pela terceira vez, no dia 2 de dezembro. Durante a consulta, a médica desconfiou do quadro de dores e pediu um exame de dengue. Com o resultado positivo, a garota já ficou no hospital. Entretanto, seu estado de saúde só foi piorando.

Com o agravamento da doença, a menina não podia ser levantada e fazer tarefas simples, como ir ao banheiro. Segundo a mãe, os médicos recomendaram repouso total, porque a menina estava com as plaquetas baixas e corre sério risco de hemorragia.

Segundo a mãe, naquele momento, os médicos decidiram pela transfusão de plaquetas. Ela conta que a menina ficou tão debilitada que os médicos proibiram até a aferição de pressão, já que o aparelho apertou o braço de Kamilly e provocou ferimento.

Lidiany diz que ficou muito abalada ao pegar um exame da filha e verificar que o nível de plaquetas chegou a 12 mil por mililitro de sangue. O médico precisou conversar com a mãe e explicar a gravidade do caso da menina e expor a experiência de casos tratados em que o nível de plaquetas chegou a 2 mil por mililitro de sangue.

A menina recebeu alta médica na última sexta (10).

Por G1 MT